Andamos no Cerato hatch, próxima atração da Kia



Com motor 1.6 de 126 cv, modelo vem brigar com i30, Focus e Bravo


Editora Globo
Mantidas as dimensões gerais, hatch e sedã se diferenciam apenas por 19 cm de comprimento

O Cerato caiu no gosto do consumidor: o sedã conseguiu superar a barreira de 2 mil unidades mensais, às vezes ficando à frente do Vectra na lista de vendas. Por conta disso, e de olho na boa acolhida do Hyundai i30, a versão hatch do Kia começa a ser trazida em fevereiro. Apesar de menor que o sedã, não espere preço inferior. “O hatch chega a custar um pouco mais na Coreia”, conta José Luiz Gandini, presidente da Kia do Brasil. “Aqui eles deverão ter o mesmo preço.” Por essa afirmação, estimamos um valor na casa de R$ 53 mil para o modelo 1.6 manual e de R$ 60 mil para o automático. Haverá ainda uma inédita opção 2.0 automática como topo de linha – que depois será estendida ao sedã.

Na briga com as versões 1.6 de Focus e C4, o Cerato hatch promete o melhor desempenho da categoria. Graças ao motor 1.6 16V com comando duplo variável, que gera 126 cv e 15,9 kgfm de torque – contra 115 cv e 16,3 kgfm do Ford – e um câmbio manual de seis marchas (que já estreou no sedã), o modelo anda tão bem que nem sentimos necessidade do motor 2.0 que equipará a versão mais cara. Com a nova transmissão, de trocas curtas e certeiras, o motor “enche” mais rápido e o Cerato arranca com decisão.

Além da traseira mais curta, o Cerato hatch tem um difusor exclusivo que deixa a saída de escape à mostra

Além disso, a sexta marcha fez a rotação do 1.6 baixar de 3.500 rpm para cerca de 3.000 rpm a 120 km/h, o que diminui o ruído e melhora o consumo – já um ponto forte da versão sedã em nossos testes. Boa notícia também para quem optar pelo câmbio automático. Além de ser o único hatch médio 1.6 com esse tipo de transmissão, o Cerato ainda traz uma moderna caixa de seis marchas. Até então, o sedã automático pecava por ter apenas quatro velocidades. Problema resolvido: o modelo ficou bem mais esperto nas retomadas, e o câmbio não fica mais indeciso sobre qual marcha usar quando aparece uma subida. Antes, era preciso pisar fundo para reduzir uma marcha; agora basta uma leve pressão no acelerador.

Espaço é igual ao oferecido no sedã

De resto, o Cerato hatch repete as sensações ao volante do sedã. Se não olharmos pelo retrovisor interno, fica difícil saber qual modelo estamos dirigindo. O conjunto não tem o refinamento de Focus e i30 (que trazem suspensão traseira independente), mas agrada. A suspensão continua bem calibrada, apesar do peso menor sobre o eixo de trás, e a direção manteve a suavidade. Como as medidas de altura, largura e entre-eixos não foram alteradas, o espaço é tão farto quanto no sedã. O comprimento 19 cm menor (4,34 m) obviamente levou embora uma parte do porta-malas, mas ainda assim a Kia divulga bons 385 litros de capacidade.


Uma melhora em relação aos primeiros Cerato que chegaram ao país está no acabamento. As portas ganharam uma parte forrada por tecido e o painel agora traz um plástico mais macio na porção superior. No estilo, as novidades não se restringem à traseira mais curta e lanternas com desenho diferente. Um difusor exclusivo deixa a saída de escape à mostra, dando um toque mais esportivo ao hatch. A lamentar, apenas a ausência do motor flex, que está previsto para o segundo semestre. Quem comprar as primeiras unidades somente a gasolina certamente terá uma desvalorização maior na hora da revenda.


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Painel é o mesmo do sedã, com acabamento melhorado em relação aos primeiros Cerato que chegaram ao país

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