Camaro Lz1

ZL1 COPO: Menos faixas, mais potência...

Houve um tempo, nos anos 60, no qual as provas de arrancada nos EUA, contribuíam para a evolução dos automóveis de rua, e como estavámos em plena era Muscle, nada mais apropriado. A NHRA (National Hot Rod Association) tinha então, um alto grau de profissionalismo, tanto que as 3 grandes (GM, Chrysler e Ford) e suas respectivas divisões de performance acompanhavam de perto as competições. Como na NASCAR daquele tempo era uma guerra de modelos e também de motores.

As provas de 400m eram nacionalmente famosas, bem como seus pilotos. Um deles era Dick Harrell, que queria entrar na Super Stock Drag Racing (uma categoria da competição onde os carros eram mais originais). Mas para homologar um determinado modelo, era necessário produzir pelo menos 50 unidades para a rua. Preparadoras como Yenko SuperCars, Baldwin-Motion e Berger Chevrolet produziram para a General Motors muitos dos seus mais velozes carros.

Nada externamente revela as intenções deste Camaro.

Tudo era subestimado no GM, do velocímetro de 140 mph (225km/h)...

...até a potência de 436cv...

A pedido de Harrell, a COPO (Central Office Purchase Order) uma firma ligada a GM, desenvolveu o modelo, que ao contrário dos Camaros preparados pelas outras “tunadoras” teria um visual bem low profile. Em termos estéticos o Camaro ficou mais discreto e menos agressivo que os modelos SS ou Z/28. O curioso é que a COPO não era sequer uma preparadora de carros, mas sim especialista em transformação de modelos comuns GM em carros de serviços como viaturas policiais, ambulância, e demais veículos de orgãos públicos estaduais e municipais.

O motor deste Camaro tinha 7.0 litros (427 polegadas cúbicas) porém com o bloco em alumínio, o que poupou muito peso. Assim sendo seu funcionamento e rendimento tornou-se mais eficiente, além claro de tornar o carro mais leve para as arrancadas, havia também duas séries de motores 9560 (430hp) e 9561 (425hp). Oficialmente o motor rendia 436cv (série 9560), mas oficiosamente ia além dos 500, mais precisamente 558cv (550hp), medidos em dinamômetro. A razão para a ‘sonegação’ de potência é a mesma para muitos outros Muscles: driblar as seguradoras, orgãos ambientais, e as vezes até os executivos da própria montadora.

Nada de air bags, só cintos de 2 pontos...

Com pneus slicks como estes traseiros, 400m em apenas 11 segundos...

Para ser dono deste manual você pagava mais que o dobro de um Muscle Car 'normal'

Quando lançado o Camaro ZL1 submeteu-se a testes em revistas especializadas que apontaram um carro muito veloz, e ele foi testado com duas configurações (rua e pista). A revista Super Stock and Drag Racing Magazine chegou a 13.10 segundos no quarto de milha (400m) atingindo 178km/h, ora pode parecer pouco para um carro de mais de 500cv, mas não se levarmos em conta que os pneus eram diagonais e o ‘piloto’ era um motorista da publicação.

Pois bem, com pneus slicks (lisos) e um piloto profissional atrás do volante, o resultado foi avassalador. Dick Harrell cruzou a mesma distância em apenas 11.62 segundos atingindo nada menos que 196,2 km/h. A velocidade máxima foi de 242 km/h embora o velocímetro fosse graduado até 140mph (225km/h) velocímetros modestos para a performance é outra característica dos Muscle Cars.

Mas todo esse desempenho não era gratuito, custava em preços de 1969 US$ 7.300, para se ter uma idéia, um Muscle Car em média custava entre 3 e 4 mil doláres. No total foram produzidos somente 69 destes Camaros, 19 a mais que o minimo necessário. Hoje os modelos sobreviventes são disputados a tapa por colecionadores e com muito mais dinheiro ainda que na época. Existem outros tantos modelos que são réplicas reproduzidas desde um Camaro comum.

O 427 em alumínio, leveza e muita potência.

Dick Harrell e seu Camaro de trabalho: A NHRA era a NASCAR em linha reta...

Que pena, hoje as arrancadas americanas apesar de muito populares, é uma atividade essencialmente para equipes garagistas , e as montadoras não dão a minima para esse tipo de competição, após a crise do petróleo e inúmeras crises econômicas como esta atual, não há dinheiro nem ousadia para isso. Agora a General Motors tenta se salvar com carros hibridos , enquanto que clássicos como o Camaro COPO ZL1 ganham o status de mito.

fonte: http://puntataco.wordpress.com

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