Corolla



Em 1964 a gama de modelos Toyota tinha sido enriquecida com vários modelos novos e novas versões, após o início da recuperação da 2ª Guerra Mundial. Foi neste mesmo ano que Shotaro Kamiya, presidente honorário e mais tarde presidente da Toyota Motor Sales Company disse: “O carro popular do futuro estará dentro da classe dos 1.0l”. Passados 2 anos, o conjunto das marcas japonesas, tinham já introduzido 9 modelos novos na gama de 0.8l a 1.0l. O Japão estava pronto para receber o Corolla, as pessoas tinham cada vez mais qualidade de vida. No entanto, o objectivo da Toyota não passava unicamente pelas vendas no seu mercado, a intenção era construir um carro que agrada-se a pessoas do mundo inteiro, a frase chave foi: “A car in every garage”, ou seja, um carro em cada garagem.
Reunidas todas as condições, no dia 24 de Setembro de 1966, saiu da novíssima fábrica de grande produção de Takaoka o primeiro modelo Toyota Corolla. O nome Corolla, refere-se à coroa ou às pétalas de uma flor, que por sua vez significam felicidade e triunfo.
Pode-se dizer que a Toyota, lançou o Corolla na hora exacta, o seu dono tinha orgulho nele e acima de tudo era divertido de conduzir. O novo Corolla com o seu motor de 1.0l estava capaz de se bater com todos os seus concorrentes nos próprios mercados dos rivais. Estava pensado para ser assim desde o início do seu planeamento.
Em Novembro de 1966 começou o processo de exportação sendo o seu primeiro mercado de destino a Austrália. Em Março de 1968 a Toyota exportava 3.000 Corolla por mês. Em Abril do mesmo ano começou a exportação para os EUA. Foi elaborado um questionário aos consumidores americanos sobre os seus novos Corolla e as respostas variavam entre o “Gosto do estilo do carro” a “O meu Corolla é mais silencioso, fácil de usar e mais potente que o meu antigo Volkswagen”.

O nome Corolla provém do Latim e o seu significado é “Coroa de Flores”. Ao adoptar este nome a Toyota manteve uma tradição da época em que muitos dos nomes dos seus carros começavam por “C” – Crown, Corona, Carina, Celica, Camry etc. – Apesar da Toyota já não utilizar esta estratégia para dar nomes aos carros, nomes como o Yaris, Auris e Avensis, todos eles derivam ainda do Latim.

Na Europa as vendas de Corolla sofria uma enorme lista de espera, como curiosidade, na Suiça, o tempo de espera era em média de cinco meses. Devido a uma procura muito superior aos 48,181 Corolla exportados, a fábrica de Takaoka sofreu uma ampliação e vários melhoramentos em 1968. Neste ano foi apresentada a versão Coupé do Corolla.
Em 1969 com as exportações a atingirem as 100.000 unidades duplicando assim as do ano transacto, foi introduzido o novo motor 1.2l e este ano tornou-se o melhor de todos a nível de vendas. A 1ª geração Corolla totalizou 157,942 unidades exportadas, fortalecendo uma imagem de “Carro Mundial”. O primeiro passo do modelo mais vendido da história do automóvel estava dado.



O Corolla, nesta primeira geração conhecida como KE10, apresentava sobretudo soluções simples e comprovadas, isto fazia com que o carro fosse robusto mas económico. A suspensão traseira apresentava uma solução de eixo rígido com molas de lâminas, ou semi-elipticas, a suspensão dianteira aprestava uma solução usada ainda nos carros de hoje, com suspensões independentes McPherson. As carroçarias disponíveis nesta primeira geração, eram um sedan de duas portas, um coupé de nome Sprinter, e uma break. A distância entre eixos era de 2286mm e o peso era de apenas 710Kg
Nesta geração havia um único motor disponível, era um motor com 1.1l de quatro cilindros em linha e um veio de excêntricos à cabeça que produzia 60Cv. Um anos após o lançamento do Corolla, ficou também disponível, em algumas versões, um motor de 1.2l que debitava 68Cv. A transmissão ficava a cargo de uma caixa manual de quatro velocidades que transmitia a potência às rodas traseiras. A travagem ficava a cargo de tambores nas quatro rodas.




Quatro anos mais tarde, em Maio de 1970, foi introduzida no mercado a segunda geração Corolla (KE20). Com maiores dimensões, a distância entre eixos cresceu para 2334mm com vantagens ao nível do conforto e de comportamento. O comprimento cresceu em 10cm e o peso acompanhou os aumentos de dimensões ao ficar nos 780Kg. Uma das evoluções introduzidas no KE20 foi a introdução de travões de disco nas rodas dianteiras enquanto que as suspensões apesar de alguns melhoramentos de pormenor, mantinha a mesma base da anterior geração.



Em termos mecânicos mantinha-se a tracção traseira enquanto que o motor disponível de 1.2l passa a debitar uma potência de 73Cv. Está disponível uma caixa de quatro velocidades, nas versões mais desportivas era disponibilizada uma caixa de cinco velocidades e para atender a uma maior amplitude de gostos uma caixa de velocidades automática era também proposta.
Em Agosto de 1970, chega ao mercado o Sprinter de quatro portas, e em Março de 1971 surgem na gama Corolla os coupés de alto rendimento, Corolla Levin e Sprinter Trueno, com motores de 1.6l, 102Cv e dupla árvore de cames à cabeça. O nome Levin, é uma homenagem a um circuito de corridas na cidade neozelandesa com o mesmo nome.
Na altura do lançamento do KE20, a Toyota já se tinha tornado no quarto maior fabricante a nível mundial, enquanto que o Corolla se tornou rapidamente no segundo carro mais vendido no mundo. Esta geração Corolla não prometia grandes emoções, mas era eficiente, acessível, fiável e era um meio de transporte adaptado a pessoas de ambos os sexos, de todas as idades e de inúmeros estilos de vida. Esta filosofia que o Corolla mantém até aos dias de hoje tem sido fundamental para o seu sucesso.



Chegados ao ano de 1974, o Toyota Corolla sofria mais uma evolução. Surgia então a terceira geração Corolla, também conhecida como KE30. Em termos estéticos, esta nova geração transparecia um ar mais pesado ou musculado devido talvez a uma grande superfície frontal elevada. Em termos de dimensões o Corolla viu a sua distância entre eixos ser aumentada para 2370mm.

Mecanicamente, os novos Corolla eram propostos com uma caixa de manual de quatro velocidades, excepto nas versões desportivas que eram já propostas com uma caixa de cinco velocidades. Disponível também esta uma caixa automática de 3 velocidades. No que toca a motores, esta geração tinha já uma ampla gama à disposição, entre eles podíamos encontrar um 1.2l de 55Cv, 1.3l de 68Cv, 1.4l de 82Cv e três versões de 1.6l com 75Cv, 83Cv ou de 108Cv. Este último motor era apenas disponibilizado nas versões desportivas.

Para os desportivos Sprinter e Sprinter Trueno, passou a ser disponiblizada uma carroçaria liftback de 3 portas em conjunto com a carroçaria coupé de duas portas




Com já uma historia de sucesso, em 1979 chegava ao mercado uma nova geração Corolla designada KE70. Esta geração é marcada pelas formas bastante vincadas das suas carroçarias. Como seria de esperar esta geração viu as suas dimensões crescerem em relação à anterior geração. Assim, a distância entre eixos passou para 2394mm enquanto que o comprimento do sedan passou a ser de 4050mm.

Uma das grandes evoluções desta nova geração foi a utilização de molas helicoidais na traseira substituindo dessa forma as desconfortáveis molas de lâminas que por motivos de funcionalidade foram ainda instaladas na break. As opções de transmissão eram as mesmas da anterior geração, ou seja caixas manuais de quatro e cinco velocidades e uma caixa automática de 3 velocidades.
No que diz respeito aos motores, a quarta geração Corolla vinha equipada com um motor de 1.3l de 69Cv, 1.5l de 75Cv dois 1.6l com 75Cv e 108Cv e um 1.8l com 75Cv. Este último motor tinha o mercado norte-americano como alvo. Em 1983 foi disponibilizado um novo motor de 1.6l de duas árvores de cames e mais potente que os anteriores motores com a mesma cilindrada. A tracção traseira continuava a marcar presença na quarta geração Corolla.



1983, marca o ano do aparecimento da quinta geração Corolla conhecida também como EE80. Em termos mecânicos, esta geração rompia com os seus antecessores, ao ser proposto com motores montados transversalmente e com tracção dianteira. Esta solução mais compacta e eficiente ia de encontro às novas tendências para este seguemento. No entanto, tanto a versão stationwagon como os Coupé Levin e Srinter Trueno mantinham o antigo sistema de tracção traseira. A distância entre eixos nesta geração era de 2430mm. Muitos consideram esta a melhor geração Corolla e foram produzidas cerca de três milhões e trezentas mil unidades desta geração Corolla.

No que respeita aos aspectos estéticos, este nova geração apresentava-se ainda com formas bastante vincadas e os pára-choques passaram a ser maiores deixando de servir apenas como elemento de protecção para se passar a englobar na estética do veículo. As carroçarias disponíveis eram o sedan de quatro portas, o liftback de cinco portas, um hatchback de três portas, uma stationwagon, um coupé de duas portas e um coupé liftback de três portas. Estas duas últimas carroçarias eram usadas no Corolla Levin e no Sprinter Trueno.
Os motores disponíveis eram um 1.3l de 65Cv, um novo motor de 1.6l de 84Cv e um diesel atmosférico 1.8l de 58cv não disponível em todos os mercados. O Levin, Trueno e uma nova versão desportiva derivada do hatchback de três portas e tracção dianteira, usavam um novo motor bastante popular ainda nos dias de hoje, era um 1.6l de 124Cv. Mais tarde, o motor de 1.3l foi substituído por outro também de 1.3l mas em vez de duas válvulas por cilindro, este contava com três válvulas por cilindro e 75Cv.

Nesta nova geração dois modelos ganharam uma notoriedade enorme foram eles o Levin e o Trueno. Esta notoriedade muito se ficou a dever ao potente e fiável motor 4A-GE de 1.587l 124Cv/6600rpm, 142Nm/5200rpm, com dupla árvore de cames e quatro válvulas por cilindro. Estas duas versões diferem apenas no desenho da secção frontal. O Trueno usa faróis escamoteáveis e o Levin usa faróis fixos. Estes modelos são também conhecidos como AE86 ou Hachi-Roku.
O AE86 é o último Corolla de tracção traseira, que combinado com o seu relativo baixo peso (970kg) e aliado a um potente motor tornou-o bastante popular no Japão onde o carro se sentia como peixe na água nas apertadas curvas das montanhosas estradas japonesas, travar também não é problema pois usa travões de disco às quatro rodas sendo os frontais ventilados. Entre as muitas pessoas que usavam este carro estava o carismático piloto japonês Keiichi Tsuchiya também conhecido mundialmente como o “Drift-King”. Tsuchiya ajudou a popularizar o desporto de Drift, que consiste em realizar atravessadelas controladas com o carro de curva em curva. A configuração do AE86 adapta-se muito bem a este tipo de condução e nos dias de hoje ainda é um carro regularmente visto em campeonatos e exibições de dirft.
Com a crescente popularização do modelo no Japão, o AE86 foi recentemente imortalizado pela empresa de animações japonesa “Manga” com a série “Initial D”, esta série fez com que o interesse por este carro crescesse novamente pelo mundo inteiro e o seu valor de retoma cresceu significativamente. A popularidade granjeada pelo AE86 é tal que já foi incluído em jogos de vídeo como o “Need For Speed Underground 2” da “Electronic Arts” e também na sequela de jogos “Grand Turismo” da “Sony” para a “PlayStation”.

Com mais de uma década e meia passada desde o fim da produção, o AE86 vê nos dias de hoje o seu verdadeiro reconhecimento mundial das suas inúmeras qualidades. Actualmente é visto como um dos melhores carros a curvar e muitos consideram-no uma verdadeira lenda japonesa.




Depois do grande sucesso da quinta geração Toyota Corolla, passados quatro anos o nome Corolla vê surgir outra geração. A sexta geração Corolla, em termos dimensionais mantinha a distância entre eixos idêntica à quinta geração mas era mais comprida e mais larga. As formas desta nova geração eram bastante harmoniosas e era mais arredondada do que a geração anterior. A carroçaria stationwagon uniformizava-se com o resto da gama Corolla e passava agora a contar também com tracção dianteira.

Mecanicamente, esta geração também conhecida como EE90 disponibilizava vários motores. O de menor cilindrada transitava da anterior geração, tinha 1.3l e 75Cv. Existiam ainda três motores de 1.6l, o primeiro era o 4A-F de carburadores debitava 90Cv, o 4A-FE idêntico ao anterior mas de injecção electrónica debitava 100Cv e por ultimo o 4A-GE equipava as versões mais desportivas e debitava 125Cv Como motor de topo existia o 4A-GZE que consistia no 4A-GE mas com compressor, debitava 145Cv e era exclusivo dos coupé. Como aconteceu com a anterior geração nesta também era proposto um motor diesel de 1.8l capaz de debitar 64Cv. As caixas de velocidades propostas passavam pela manual de cinco velocidades, automática de três e quatro velocidades.

Novidade nesta sexta geração foi a inclusão da tecnologia de quatro rodas disponível tanto no sedan como na stationwagon. Este tipo de transmissão estava disponível com os motores de 1.6l e nestas versões a suspensão era de eixo rígido em vez do sistema independente de suspensões usado no resto da gama
As carroçarias disponíveis nesta geração eram várias, existiam o sedan, o liftback, o hatchback de três e cinco portas, a stationwagon e o coupé de duas portas. Continuava a existir a versão Levin e Trueno apenas diferentes na secção dianteira onde o Trueno usa faróis escamoteáveis. Esta diversidade de versões disponíveis tornou a sexta geração na geração Corolla mais vendida até essa altura, tendo sido comercializadas cerca de quatro milhões e quinhentas mil unidades.
As versões mais desportivas desta gama Corolla eram agora todas de tracção dianteira e são popularmente designadas de AE92 ou Kyuu Ni. Em comparação com os anteriores desportivos especialmente com o AE86 os novos coupé eram mais refinados e tinham muito bons argumentos dinâmicos, mas o prazer de condução do AE86 era inigualável. Contudo e apesar dos coupé terem disponíveis um motor mais potente, a verdade é que o AE92 de três portas conseguiu uma popularidade mais notória que os coupé, este modelo seguiu a tendência, especialmente na Europa, dos “Hot-Hatch” (Hatchback’s desportivos). A estética mais desportiva que as restantes versões aliados ao bom comportamento, ao bom nível de equipamento e a uma maior rigidez de chassis, fizeram que o AE92 hatchback se destaca-se popularmente dos demais. Na Europa esta versão ficou conhecida como GT-i 16 enquanto que noutros continentes o nome FX é mais conhecido. O motor 4A-GE derivado da anterior geração debita 125Cv/6600rpm e 145Nm/5000rpm, os travões são de discos ventilados à frente e discos atrás fazem com que o GT-i acelere dos 0-100Km/h em 8,5s e atinja uma velocidade máxima anunciada de 195Km/h.




Em 1991 foi no Japão o ano de lançamento da sétima geração Corolla. Esteticamente bastante agradável e moderna esta geração viu ser aumentada a sua distância entre eixos para 2465mm e todas as outras medidas foram aumentadas, isto tudo resultou num Corolla mais pesado e mais caro.

O engenheiro chefe Akihiko Saito desta geração, conhecida também como EE100, quis desenvolver um Corolla que fosse um mini Lexus. Por essa razão e apesar de já as anteriores gerações terem uma qualidade de materiais e de montagem acima da média, esta nova geração tinha uma qualidade mais perceptível ao olhar e uma atenção aos pormenores mais rigorosa.
Os tipos de carroçarias propostas eram as mesmas da anterior geração, ou seja, sedan, hatchback de três e cinco portas, liftback, stationwagon e os dois coupés de duas portas Levin e Sprinter Trueno. Também se manteve a versão de tracção integral na stationwagon. Contudo em certos mercados como o americano tanto os coupés como a statrionwagon foram descontinuados. Na Europa os coupé da anterior geração já não tinham sido comercializados.

No que respeita a motores, o motor base foi substituído para fazer frente ao aumento de peso. Assim passou a existir um novo motor de 1.3l com 88Cv designado 4E-FE, o motor 1.6l 4A-FE passava a debitar 105Cv e em alguns mercados estava disponível um motor de 1.8l de 115Cv usado nas versões 4WD. Para os coupé continuava a ser disponibilizado o motor de 1.6l 4A-GE mas agora com uma cabeça de cinco válvulas por cilindro e sistema VVT passando assim a debitar 160Cv. No que respeita a motores diesel, a Toyota aplicou nesta geração um motor de 2.0l atmosférico de 72Cv.
Novas evoluções no que respeita à segurança foram introduzidas nesta geração, se as gerações anteriores já tinham uma boa estrutura para enfrentar embates e travões bastante evoluídos no caso dos desportivos, nesta geração os travões de discos ventilados à frente generalizaram-se por toda a gama Corolla, o volante podia receber um air-bag e a portas vinham com barras para reforçar a sua rigidez. Para além disso, os interiores tinham formas arredondadas e o tablier não era rijo o que é uma vantagem em caso de embate. Na anterior geração estes dois últimos pormenores já tinham sido postos em prática ao contrário de alguns rivais.



Como não há bela sem senão, o Japão atravessou nesta altura uma crise com uma recessão do YEN e uma menor procura de automóveis no mercado japonês devido à crise. Por essa razão a sétima geração não teve o sucesso merecido no mercado interno. Facto que não belisca em nada as inúmeras qualidades desta geração e o sucesso comercial conseguido em inúmeros mercados mundiais



A oitava geração Corolla foi lançada no Japão em 1995 e na Europa e Estados Unidos em 1997. Como referi na geração anterior, estes foram anos de crise no Japão e isso quer dizer que a fase de projecto desta nova geração foi executada durante esses mesmos anos de crise, isto fez com que a Toyota pedisse ao chefe de projecto da oitava geração Corolla que reduzisse custos e que transplanta-se alguns componentes da sétima para a oitava geração, assim entre outras coisas, a própria plataforma do novo Corolla era a mesma do seu antecessor. Esta geração marca o começo do fim para as variantes Levin e Spriner Trueno ao sofrerem apenas um ligeiro restyling.

Nesta geração a Toyota rompe com o conceito de veículo global, criando três identidades distintas, uma para o mercado asiático, outra para o americano e outra para o mercado Europeu. Assim e apesar das linhas base serem iguais, cada continente tinha um desenho próprio para a frente do veículo enquanto que na traseira as diferenças eram menores. Apesar de tudo, as versões americanas desde a quinta geração, já tinham algumas diferenças.
Como disse anteriormente, a partilha da plataforma com a anterior geração fez com que esta nova geração não visse as suas medidas serem aumentadas significativamente, a distância entre eixos mantinha os mesmos 2465mm e em termos de largura os aumentos foram quase nulos sendo apenas aumentados cerca de 5mm.

Mecanicamente os motores propostos foram o 1.3l de 86Cv, 1.6l de 110Cv e um diesel 2.0l de 72Cv. Na América havia ainda um motor de 1.8l com 120Cv e no Japão, as versões desportivas contavam com uma evolução do 1.6l 4A-GE agora com 170Cv. Na Europa as versões mais desportivas, denominadas G6 e G6R contavam apenas com os motores 1.3l e 1.6l respectivamente. A inovação nestas versões era a utilização de uma caixa de seis velocidades.
Sem muito sucesso a nível comercial, a Toyota passados sensivelmente dois anos alterou profundamente a estética frontal dos Corolla e deu aos interiores um aspecto visual de maior qualidade pois na primeira fase desta geração a qualidade percepcionada tinha ficado um pouco aquém da anterior geração.
Juntamente com a chegada das alterações estéticas, chegaram também novos e modernos motores equipados com a tecnologia VVT-i. Deste modo o motor de acesso à gama passou a ser um 1.4l de 97Cv, o 1.6l de 110Cv, que apesar da mesma potência era mais económico que o anterior. Noutros mercados existia também o 1.8l agora com 125Cv. Nos diesel, numa primeira fase foi usado um motor do grupo PSA 1.9l de 69Cv, para mais tarde a Toyota estrear um novo motor diesel já com injecção directa common-rail e turbo. Este motor tinha uma cilindrada de 2.0l e uma potência de 90Cv.

Esta geração Corolla viu na fase final ganhar mais adeptos devido ao seu desenho mais consensual e à utilização de modernos e potentes motores.



Após mais de 29.000.000 unidades vendidas a nível mundial, o nome Corolla viu receber ao longo da sua vida inúmeros prémios. Entre eles, o de automóvel mais fiável do mundo e o automóvel com maior satisfação de clientes em 130 países. Face a estes factos, palavras para quê!?
Em 17 de Janeiro de 2002 a Toyota apresentou na Europa a nona geração Corolla (E120).


As opiniões eram consensuais, esta geração era sem duvida uma das melhores de todo o historial Corolla e tinha tudo para vencer. A estética foi muito bem conseguida em todas as versões, apresentam uma estética robusta, jovem, dinâmica com linhas agressivas nas versões hatchback e com linhas mais familiares nas versões sedan e stationwagon. Tinham motores interessantes e a qualidade tradicionalmente boa na gama tinha um nível de percepção bastante elevado para o segmento do Corolla.
A nível de carroçarias disponíveis, foram descontinuados os coupé, que já tinham tido pouca evolução na anterior geração e foi descontinuada a carroçaria liftback. Mantiveram-se a carroçaria sedan, stationwagon, hatchback de três portas e foram adicionadas as carroçarias hatchback de cinco portas (que apesar de não ter estado presente na anterior geração não é novidade na história Corolla) e em estreia absoluta na gama Corolla foi apresentado um monovolume de nome Corolla Verso.




Em termos de dimensões, esta geração cresceu em todos os sentidos, a distância entre eixos passou para 2600mm o que equivale a um aumento de 135mm, que contribuíram bastante para um aumento significativo na habitabilidade do Corolla, em largura esta geração cresceu 20mm, em altura cresceu uns expressivos 90mm e no comprimento cresceu 80mm nas carroçarias hatchback, 115mm no sedan e 90mm no caso da stationwagon. Desta forma tanto o sedan como a stationwagon passaram a ter o mesmo comprimento (4410). A nova carroçaria monovolume designada na Europa por Corolla Verso tinha 4240mm de comprimento, 1705mm de largura, 1610mm de altura e no que respeita à distância entre eixos apresentava uma quota de 2600mm. Esta carroçaria foi pensada para ajudar a Toyota a conquistar na Europa em 2005 uma quota de mercado de 5%. No Japão esta versão era conhecida como Spacio.
Da anterior geração transitaram os motores 1.4 de 97Cv (4ZZ-FE), o 1.6 de 110Cv (3ZZ-FE) e o diesel de 2.0l de 90Cv (1CD-FTV). As novidades foram um novo motor a gasolina que já tinha sido estreado no Celica, o 2ZZ-GE de 1.8l com 192Cv e uma evolução do diesel de 90Cv mas equipado com intercooler fazendo a potência aumentar para 110Cv. O modelo Verso tinha como base o 3ZZ-FE, um motor 1.8 de 129Cv (1ZZ-FE) e o diesel 1CD-FTV de 90Cv.


Mais tarde, e mesmo antes do restiling da gama em 2004, a Corolla Verso foi alvo de uma reformulação completa onde apenas ficou o nome e algumas motorizações.
As dimensões foram ampliadas em 120mm no comprimento, 65mm em largura, 10mm em altura e 150mm na distância entre eixos. Com estes aumentos a Corolla Verso ficou naturalmente mais espaçosa podendo ter uma terceira fila de bancos que podem ser rebatidos quando não são necessários ficando o piso da mala completamente plano. Os bancos da segunda fila podem deslizar, ser rebatidos ou reclinados, fazendo com este monovolume bastante versátil.
Nas motorizações foram mantidos os motores a gasolina 1.6 e 1.8 e recebeu uma evolução da motorização diesel 2.0 agora com turbo de geometria variável capaz de debitar 116Cv. Esta última motorização foi também alargada à restante gama Corolla.


Como disse anteriormente, em finais de 2004 a gama Corolla foi alvo de um restiling (à excepção da Verso). Foram operadas algumas modificações estéticas, a versão Tsport viu receber pára-choques e apêndices aerodinâmicos exclusivos bem como viu melhorado o seu comportamento. Os níveis de equipamento em toda a gama foram melhorados.

Mais tarde e como última operação para manter o Corolla no topo, a Toyota introduziu um diesel de baixa cilindrada mas com uma potência bastante simpática, o motor era o 1.4D-4D de 90Cv. Sem duvida que este motor veio dar outra dinâmica às vendas do Corolla permitindo que mesmo no seu último ano de vida conseguisse estar entre os modelos mais vendidos em diversos mercados europeus. Caminho semelhante seguiu a Corolla Verso, mas neste caso viu ser introduzido um diesel de alta cilindrada mas com duas versões. Uma delas a 2.2D-4D de 136Cv e a outra versão, o 2.2D-CAT de 177Cv com filtro de partículas a pensar nas questões ambientais.


Em edição limitada houve ainda o Corolla Tsport compressor com 225Cv que em Novembro de 2005 viu a sua potência ser reduzida para 218Cv devido a questões ambientais. O motor era o 2ZZ-GZE. Em termos estéticos tinha soluções estilísticas exclusivas e uma estrutura reforçada, alterações nas suspensões.



Esta nona geração viu, já no fim da sua carreira, o nome Corolla fazer 40 anos de vida. Foram 40 anos de sucessos e sobretudo 40 anos que marcaram o mercado automóvel, o nome Corolla é hoje um dos mais respeitados e admirados na indústria automóvel não só por ser o Best-Seller da Toyota, mas também por ser o carro mais vendido do mundo.

Parabéns Corolla!!!

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